Aprendi a ser quem sou
Autor: Filipe Costa
A dor lancinante que enxerta meus olhos de medo
Não tem cor como o calvário que se anuncia em sangue
Mas tem cheiro de quem sentiu bem cedo
A dor do preconceito que é asfixiante/alarmante
Que é brasa quando queima a alma
De quem tenta amar de olhos fechados
Sem enxergar a quem toca a própria palma
Acelerando sem medo corações adulterados
Que batem em meio ao ódio e rancor
Que apenas desviam-se dos olhares severos
Daqueles que pilham palavras de dor
Nos ombros daqueles que são sinceros
Com seus medos e esperanças amargas
De uma lágrima que nunca cai sozinha
E quando irrompe o que restam são marcas
Que pra sempre todos chamam de minha
A verdade deles é o nosso veneno
Que mata a coragem que nem mesmo nasceu
Que cresce entre nós como um gesto obsceno
Do aplauso de alguém a pensar que venceu
É só mais um filme que ninguém entendeu
Não farei força para explicar a ninguém
O meu sentimento que sempre é só meu
Me permite hoje ser quem eu sei