quarta-feira, 27 de maio de 2009


"Porque ver é permitido,

mas sentir já é perigoso."


Autor: Caio Fernando de Abreu.

Aprendi a ser quem sou

Autor: Filipe Costa


A dor lancinante que enxerta meus olhos de medo

Não tem cor como o calvário que se anuncia em sangue

Mas tem cheiro de quem sentiu bem cedo

A dor do preconceito que é asfixiante/alarmante

Que é brasa quando queima a alma

De quem tenta amar de olhos fechados

Sem enxergar a quem toca a própria palma

Acelerando sem medo corações adulterados

Que batem em meio ao ódio e rancor

Que apenas desviam-se dos olhares severos

Daqueles que pilham palavras de dor

Nos ombros daqueles que são sinceros

Com seus medos e esperanças amargas

De uma lágrima que nunca cai sozinha

E quando irrompe o que restam são marcas

Que pra sempre todos chamam de minha

A verdade deles é o nosso veneno

Que mata a coragem que nem mesmo nasceu

Que cresce entre nós como um gesto obsceno

Do aplauso de alguém a pensar que venceu

É só mais um filme que ninguém entendeu

Não farei força para explicar a ninguém

O meu sentimento que sempre é só meu

Me permite hoje ser quem eu sei